O crash de 1971 foi um evento marcante na história econômica do Brasil, com efeitos profundos e duradouros sobre a economia do país. Esse crash marcou o início de uma série de problemas econômicos no Brasil, incluindo uma inflação galopante que durou anos e uma série de planos econômicos mal-sucedidos criados para tentar controlar a situação.
As causas do crash de 1971 foram diversas, mas a principal delas foi a superprodução de aço pelo Brasil. Em 1969, o governo brasileiro lançou um programa de incentivos fiscais para encorajar a produção de aço, o que levou a uma superprodução de aço no país. O excesso de oferta no mercado global de aço reduziu o preço internacional do produto, diminuindo a competitividade do aço brasileiro.
Para tentar manter sua participação no mercado global, o Brasil iniciou uma série de investimentos em infraestrutura, incluindo a construção de grandes siderúrgicas em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e em Cubatão, em São Paulo. No entanto, esses investimentos não foram suficientes para manter o preço do aço no mercado internacional, levando a uma queda nas reservas cambiais do Brasil e aumentando a pressão sobre a sua economia.
O crash de 1971 foi um ponto crítico na economia brasileira, marcando o início de uma frase de instabilidade econômica que durou anos. A partir de então, o país passou a enfrentar taxas de inflação crescentes e sucessivos planos econômicos mal-sucedidos, como o Plano Cruzado em 1986 e o Plano Real em 1994.
O Plano Cruzado foi criado com o objetivo de conter a inflação no país, mas seus efeitos foram de curto prazo. A inflação caiu drasticamente, mas logo voltou a crescer, chegando a 2.477% em 1993. O Plano Real, por sua vez, conseguiu manter a inflação sob controle, mas a um custo alto, incluindo uma grande valorização do real e recessão econômica.
Em resumo, o crash de 1971 foi um evento importante na história econômica do Brasil, com efeitos duradouros sobre a economia do país. As causas do crash foram complexas, mas o principal fator foi a superprodução de aço pelo país. Esse crash marcou o início de uma fase de instabilidade econômica no Brasil, incluindo a inflação galopante, que durou até a adoção do Plano Real em 1994.
