Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda do Brasil, foi condenado a mais de 12 anos de prisão em 2017 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Seu caso é um dos mais emblemáticos das investigações da Operação Lava Jato, que desvendaram escândalos de corrupção envolvendo a política brasileira.

A carreira de Palocci na política começou na década de 1980, quando ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT). Ele se tornou prefeito de Ribeirão Preto em 2001 e, em 2003, foi nomeado pelo então presidente Lula como ministro da Fazenda.

Durante sua gestão, Palocci foi responsável pela implementação do Plano Real 2, que visava controlar a inflação e melhorar as contas públicas do país. Seu trabalho foi considerado bem-sucedido, mas em 2006, ele foi forçado a renunciar ao cargo após um escândalo envolvendo seu patrimônio.

Em 2016, Palocci foi preso durante a Operação Lava Jato, acusado de receber propina em troca de favores políticos. Segundo as investigações, ele teria intermediado negociações entre empresas e o governo em troca de recursos financeiros.

Durante seus depoimentos à Justiça, Palocci confessou ter recebido milhões de reais em propina e delatou outros políticos e empresários envolvidos em esquemas de corrupção. Sua colaboração foi considerada importante para as investigações da Operação Lava Jato e para a condenação de outros envolvidos.

No entanto, a atuação de Palocci como colaborador da Justiça foi criticada por alguns setores da sociedade, que o acusam de ter mentido em seus depoimentos e de ter se beneficiado de sua delação para diminuir sua pena.

Após ser condenado, Palocci ficou preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, até ser liberado para cumprir pena em prisão domiciliar em 2018, devido a problemas de saúde.

Antonio Palocci é um dos principais símbolos da corrupção na política brasileira. Sua trajetória como malvado favorito é relembrada como um exemplo de como a corrupção pode afetar negativamente o desenvolvimento do país.